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quarta-feira, 11 de julho de 2007

Golirm - O início


Não quero mais pensar nas tristezas da minha vida, no sofrimento pelo qual passei... Está a chegar a noite mais importante do ano para a comunidade vampírica, a noite em que todos se encontram- o Golirm.

O Golirm consiste numa reunião vampiríca que ocorre no cemitério que nesse ano terá recebido mais almas, no qual são sacrificados cinco humanos, cada um por cada ponta do pentagrama; os cinco Goliks, vampiros supremos, vão numa caçada de uma noite, dois dias antes desta grande cerimónia para capturarem as suas presas, sendo que uma delas terá de ser uma criança de 5 anos, feitos nesse mesmo mês! Esta criança, desde o momento que nasceu que está predestinada a ser sacrificada na nossa mais importante cerimónia, foi abençoada pelo dia em que nasceu, ou amaldiçoada....
Acordo, mais uma noite, está bom tempo, na rua está escuro como breu, um silêncio inquebrável, chegou a noite que tanto esperava... Este ano, o Golirm será no meu cemitério, não consigo explicar esta sensação, é uma honra... oiço pessoas, estão a chegar!!
Saio da cripta e começam a chegar os Goliks com as suas presas amordaçadas e com pequenas mordidas nos braços e pernas, coisas pouco profundas para não morrerem antes do tempo. Chego perto deles e curvo-me, são seres supremos, merecem todo o respeito, e então caminhamos em frente, até ao altar onde se irá passar a cerimónia e eles pousam os humanos, plantam os paus que traziam e então atam-nos nos mesmos... Ouvem-se gritos abafados, gritos que não os iriam salvar!
Começam a chegar mais e mais vampiros até que nos encontramos todos reunidos, preparados para começar a cerimónia. Cada um dos Goliks pega num athamé, posiciona-se ao lado do seu humano e profere as rezas sagradas... Chega a hora do primeiro sacrifício, vai o primeiro vampiro, primeiro passa o athamé pelas pernas da mulher, de meia idade, bonita, e começa a cortar-lhe as pernas, rasgam-se os músculos, vêm-se os ossos, o sangue começa pingar por todo o lado, ela tenta gritar mas a dor não a deixa.. Nua, abre-lhe a barriga com uma única facada e leva a sua mão de unhas enormes para dentro dela à procura dakilo que iria completar a sua parte do ritual e dos outros, o coração! Encontra-o e com determinação arranca-lho, ainda a bater e a humana mais morta que viva, ainda conseguir vislumbrar este momento, até que são contados os seus últimos segundos de vida e morre... Tudo o que resta é um cadáver de cor vermelha, um cadáver coberto e sangue e completamente trucidado, um pedaço de carne, foi um momento inesquecível, fabuloso...
Os outros humanos estão petrificados, já viram o que lhes espera, brancos como cal tentam soltar-se...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O último adeus






Depois destes acontecimentos a minha morte nunca mais voltou a ser mesma! Jemna foi-se embora, Amnion está morto, deitado no chão e irreconhecível, que vai ser de mim a partir de agora?


Mas havia algo que eu tinha de fazer, tinha de dar o eterno descanso a Amnion. Apesar do que Jemna lhe fez, do estado em que deixou seu rebento, ele merecia ter descanso digno de quem ele é! Tinha de fazer algo e então decidi, vou fazer-lhe o funeral que ele merece. Peguei no seu corpo ensaguentado, embrulhei-o numa toalha negra como minha alma naquele momento e levei-o à fonte que ali existia no cemitério, ele não podia partir para o Outro Mundo assim... Desembrulhei-o e delicadamente limpei sua face, seu corpo, não era o Amnion que conheci, já não era ele...
Depois de limpo voltei à minha cripta e escolhi a sua melhor roupa, peguei nos seus brinquedos favoritos e voltei ao cemitério, sabia exactamente onde o iria enterrar, no seu lugar de brincadeiras favorito: a árvore mágica, segundo ele...

Esta árvore ficava atrás da campa do antigo dono da loja de ferragens da Rua 17, um homem que sofreu com uma depressão devido à perda da sua filha que o levou ao suicídio, filha que eu mordi, que eu matei e embora eu não me orgulhe do que fiz, é esta a minha natureza, os humanos são o meu alimento...

Segui pela relva seca e murcha a caminho daquilo que iria ser a sua última morada. Passei por várias campas, várias almas que descansavam no mais eterno sono que pode existir até que cheguei ao meu destino, chegou o momento... Pousei meu filho na relva e comecei a abrir um buraco com as minhas próprias mãos, aquele iria ser o seu descanso eterno. Buraco feito, peguei nele, nos seus brinquedos e com todo o cuidado que poderia ter coloquei-o lá dentro, escondi sua face desfigurada e tapei-o... Foi o último adeus, não consigo expressar os sentimentos, a dor que senti, ultrapassa tudo o que eu posso e consigo imaginar...


Uma dor que ficou e que continua no meu coração, uma dor que nunca irá desaparecer!


Adeus Amnion, lembrar-me-ei sempre de ti....