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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Uma Morte cada vez mais próxima



Estou cansado de me fechar perante os outros, fechar a minha vida como se de um livro censurado se tratasse, preciso de sair...


Mais uma noite, o céu límpido, escuro como breu, passo pelas ruas desertas esperando encontrar algo ou alguém que me suscite interesse. As ruas continuam as mesmas, os mesmos odores... Penso no que quero, no que me aconteceu e no que poderá acontecer, quero recordar bons momentos mas não consigo, más memórias inundam a minha alma e corrompem o meu coração! Sinto estaladas em chama no meu intímo, quero gritar para o mundo o que sinto!!


Caminho pelas estradas vazias da mente sem encontrar obstáculos nem companheiros, apenas vejo desilusões, uma amarga verdade que mostra a seriedade do momento.



A noite passa, os segundos contam e os minutos saltam, parece não haver horas, diria que o mundo parou à minha volta!



Volto ao cemitério?! Refugio-me?! Não! Tenho de ser forte, tenho de continuar e reconstruir-me a mim próprio... A vida continua e não detenho o poder de a fazer parar, é um ciclo de circunstâncias e dúvidas! A minha dúvida dissipou-se, vou continuar!



Caminho pelas ruas escuras e becos, avenidas e esquinas, caminho e não encontro ninguém. Que se passa?! Onde estão as pessoas? Onde estão os humanos?! O mistério envolto em sombras, um ardor de solidão recíproca, sinto o ar rarefeito inundar-me a alma.

No meu íntimo pergunto-me qual o sentido da vida; será uma preparação para a morte, será o castigo derradeiro?! Porque será que as pessoas pensam que a morte é a última coisa a acontecer? Prefiro olhar por outro prisma, a morte é o início! A minha mente e a minha alma defendem que a vida é o castigo por tudo o que de mal fizémos na nossa morte, se não fosse assim, então qual é a razão de tanto sofrimento, qual é o porquê de vivermos num mundo envolto em sombras de terror e amargura, um centro onde o sofrimento habita e onde pode ser coroado rei.


"Carpe Diem"


Para quê?! A vida não é assim tão boa que tenhamos de a aproveitar até ao último minuto... Quem diz que a morte não é melhor?! A morte vem quando nós queremos mas a vida não, não somos nós que a controlamos. Posso chegar a um penhasco e atirar-me aos braços da morte mas não aos da vida. A morte é controlável! Um simples mas marcante pacto com um demónio pode devolver a vida àquele que a perdeu. Sim, os demónios detêm esse poder, em troca de uma alma podem retirar outra das Trevas... Um pacto sangrento que marca o dia do juízo final para quem o apela. Queres saber como? Pergunta-me...


Não quero saber, não quero pensar, não quero sorrir, não te quero dizer...


Não estou aqui, estou a viver o inexistente!